USO DE ESTATINAS E PREJUÍZO MUSCULAR
- Santiago Paes
- 14 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

O uso de estatinas tem sido um atribuído farmacológico para o combate aos níveis aumentados de colesterol circulante, embora essa variável sem nenhuma contextualização clínica associada (pressão alta, glicemia alterada de jejum, resistência insulínica) pode não ser inferida como essencialmente danosa. As estatinas inibem a enzima 3-hidroximetilglutaril-coenzima A-reductase (HMGCoA-redutase), que desempenha um papel essencial na síntese de colesterol por catalisar a conversão de HMG-CoA em mevalonato (são precursores na biossíntese de moléculas usadas em diversos processos relacionados a manutenção da membrana celular, em que Diversas enzimas importantes podem ser ativadas após a detecção de níveis baixos/altos de colesterol dentro da célula)
Elas tem sido associadas a prevenção primária e secundária de doenças isquêmicas cardíacas e AVEs. Contudo seu uso pode apresentar efeitos colaterais (simples e complexos) sob o músculo-esquelético como mialgia, câimbras, miopatias, miosite e rabnomiólise, este último pode levar a um quadro de insuficiência renal aguda e evoluir para a morte).
O risco de miopatia aumenta com doses mais elevadas, fatores predisponentes (insuficiência renal, hipotiroidismo, histórico familiar de distúrbios musculares, sexo, idade, etc).
Atualmente existe muita discussão acerca do custo-benefício e efeito das estatinas quanto aos desfechos hipocolesterolêmicos. De modo a sustentar que a dieta/exercício físico são potencialmente mais eficientes que seu uso. Entretanto, muita especulação ainda irá reger as discussões pois não é tão $imples mediar os prós e contras.
Contudo uma preocupação é eminente. A prática de exercícios físicos mostra-se importante mediador das frações lipídicas de nosso corpo, contudo visto uma predisposição para a ruptura do músculo esquelético ao se exercitar, seria o uso de estatinas contra-indicado para pessoas ativas? Nessa vertente, essa seria mais uma importante justificativa para se investir mais incisivamente na prevenção através de intervenções dietéticas e prática regular de exercício físico? Dentro dessa ótica qual $eria o motivo para e$$a discu$$ão não acontecer? Reflitam.
Referência:
Ekhart C et al. Muscle rupture associated with statin use. Br J Clin Pharmacol. 2016 Aug;82(2):473-7.
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