QUE CUIDADOS SÃO EXIGIDOS PELO MÉTODO SLEEP LOW?
- Santiago Paes
- 17 de out. de 2016
- 2 min de leitura

A modulação do consumo de macronutrientes, tempo de jejum entre as refeições e as cargas de treinamento físico tem impacto direto nas adaptações metabólicas, conteúdo proteico e enzimático oxidativo dos sistemas energéticos. A interação entre as variáveis permite consequentemente maximizar a queima de gordura e carboidratos.
O método “sleep low/training low” geralmente é composto por 2 sessões de treinamento físico de baixa/moderada intensidade realizado no período noturno e que antecede o sono (período de jejum) seguida de outra também de baixa/moderada intensidade assim que o indivíduo acorda.
O intuito é depletar o máximo possível de glicogênio muscular (tanto a noite quanto de manhã) e com isso aumentar a atividade das enzimas e proteínas associadas a lipólise e queima de gordura.
Contudo, essa é uma estratégia complexa e que requer acompanhamento profissional tanto para a modulação do consumo de carboidratos antes e após o treinamento, quanto para a estratificação adequada e individualizada das intensidades e cargas de treinamento, que permitirão uma capacidade gradual e segura da adaptação aos estímulos, visto que a redução do fornecimento energético pode reduzir a capacidade de performance e aumentar o cansaço e fadiga muscular. Outro aspecto, importante é que durante essa estratégia a função imune pode ficar comprometida, principalmente nos períodos pós-exercício. Por conta disso, uma boa anamnese, avaliação e exames bioquímicos são fundamentais. Nesse sentido, a avaliação do sono (considerado um dos principais mediadores da resposta imune) deve ser investigada e controlada.
Agora eu pergunto, o que é mais importante a prescrição da dieta ou planilha de treino, ou a monitoração e acompanhamento de ambos? Fica a reflexão pra nutricionistas e professores de educação física.
Referência:
Bartlett, JD et al. Reduced carbohydrate availability enhances exercise-induced p53 signaling in human skeletal muscle: Implications for mitochondrial biogenesis. AJP: Regulatory, Integrative and Comparative Physiology, 2013, 304(6), R450–R458.
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