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POR QUE O AÇÚCAR NÃO É CONSIDERADO COMIDA E PROMETE SER O VILÃO DO SÉCULO?

  • Santiago Paes
  • 23 de ago. de 2016
  • 2 min de leitura


O que é comida? São matérias que contém nutrientes essenciais, que são assimilados por um organismo para produzir energia , estimular o crescimento e manter a vida.

Contudo alguns autores já cogitam que o açúcar não deva ser tratado como comida/alimento.

Algumas das justificativas perpassam a falta de micronutrientes e vitaminas, além de ser considerado completamente químico, visto que o refinamento requer a presença de substâncias como cal, ácido carbônico, sulfato de cálcio e ácido sulfúrico.

Paralelamente, a capacidade hiperinsulinêmica e consequente desbalanço tanto hormonal quanto metabólico, cujos desfechos estão diretamente associados ao ganho de peso e predisposição ao surgimento de doenças cardiometabólicas, justificam o porquê de atualmente ser considerado, principal elemento desencadeador do ganho de peso/obesidade.

O ganho de peso é erradamente associado ao excesso de calorias consumidas. Aspectos como hiperabsorção dos nutrientes, estado pró-inflamatório, desbalanço hormonal e disbiose da microbiota intestinal são os principais responsáveis diretamente pelo aumento do tecido adiposo, que retroalimenta o ciclo patológico.

Somando-se esta hipótese, a redução da capacidade metabólica inerente ao quadro reduz a mobilização de ácidos graxos e beta-oxidação, cujo resultado pode predispor uma aversão “natural” para a prática de atividade física.

A adição de açúcares aos alimentos além de fornecer energia adicional (4 kcal /g), pode reduzir a ação de hormônios lipolíticos (que ativam a queima de gordura) e também danificar/reduzir a síntese mitocôndria que consequentemente, prejudica geração/gasto energético. Sem contar, que a falta de nutrientes do açúcar leva a uma espécie de "inanição interna” (via leptina e resistência à insulina) que agravam os sinais de fome/apetite no corpo, cujo desbalanço contribui para o aumento da vontade de comer e redução dos sinais de saciedade, desregulando o comportamento alimentar. Aos profissionais de saúde, principalmente da área de nutrição, a epidemia do açúcar promete ser o “novo/velho problema de colesterol” e as novas diretrizes prometem um cuidado especial quanto a seu consumo.


Referência:

DiNicolantonio JJ, Berger A. Added sugars drive nutrient and energy deficit in obesity: a new paradigm. Open Heart 2016;3:469-77.

 
 
 

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