ÊNFASE EM MODULAÇÃO HORMONAL? NOVA VELHA PRÁTICA?
- Santiago Paes
- 1 de jun. de 2016
- 2 min de leitura
Modular a atividade hormonal tem sido atualmente utilizada por alguns profissionais da área de saúde como uma das principais ênfases de sua atuação profissional em prol/promessa da melhora do metabolismo seja ele na prescrição dietética, de treinamento físico ou medicamentosa de fármacos. Existe de fato uma linha terapêutica endocrinológica voltada ao uso de hormônios exógenos ( quantidades maiores que as produzidas pelo seu corpo e administradas oralmente ou por injeções) com objetivo de aumento da massa muscular, redução de gordura tecidual e otimização da atividade metabólica de seu corpo. Quanto a essa abordagem ( segurança, eficácia, acometimentos colaterais) não será o objeto de nossa discussão hoje. Iremos nos atentar ao profissionais que utilizam essa metodologia para potencializar os resultados requeridos pelos clientes. Acho interessante, do ponto de vista do marketing pessoal, a divulgação desse tipo de proposta, contudo do ponto de vista fisiológico é uma proposta beeeem inovadora, né?! Ela começou a ser adotada nos anos 2000...digo 2000 ANTES DE CRISTO!!!! Digo isso, pois o metabolismo de nosso corpo é PRIORITARIAMENTE coordenado por hormônios. E quando se fala em modular a atividade hormonal, através da alimentação ou exercício físico, nada mais é que melhorar a sensibilidade e ação deles, aí vem a pergunta: Isso já acontece naturalmente? Sim! Por exemplo, através do ciclo circadiano ( oscilação da liberação/quantidade de hormônios na corrente sanguínea ao longo das 24 hrs do dia). Bom, o ciclo circadiano é uma modulação natural baseada principalmente em aspectos ambientais (por ex: hora do dia que você acorda, qualidade do seu sono, tipo de emprego que você ocupa, vigilante noturno, piloto, padeiro, etc). Por outro lado, a prática de exercício físico age diretamente no aumento ou redução hormonal aguda (no momento ou minutos após a prática) ou cronicamente ( de 3 meses em diante). Ou seja, durante a prática de exercício a quantidade/liberação de hormônios como: testosterona, GH, igf-1, cortisol, catecolaminas, interleucina-6, grelina, pYY, neuropeptideo Y, CCK, TNF alfa, adiponectina, leptina, etc é NECESSARIAMENTE OBRIGATÓRIA. Adicionalmente, a mudança da composição corporal via treinamento físico ou alimentação, é capaz de mediar as reações metabólicas tanto voltadas para o ganho de massa muscular ou adiposa, quanto para a redução das mesmas, além da mediação das respostas de fome, saciedade e apetite, que de forma sistêmica, literalmente retroalimentam todo o sistema hormonal a gerar o ambiente anabólico/catabólico. E aí? Vamos modular nossos hormônios? Simples, é só viver! Pois estar vivo é estar susceptível ao funcionamento/modulação hormonal. Vou falar sobre isso no curso do dia 18 de junho no Ritz Hotel em Juiz de Fora-MG.

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